Luiz Carlos Murauskas/Folha Imagem |
ECONOMIA: O governo anunciou nesta terça-feira (23) a redução de tributos para o setor do etanol. O objetivo é estimular os produtores a investirem mais e aumentarem a produção do combustível --a maior oferta do produto no mercado deve levar a uma queda do preço nas bombas. O anúncio foi feito pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e de Minas e Energia, Edison Lobão.
Entre as medidas anunciadas hoje está o corte integral do PIS (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) para o etanol. "O etanol paga 12 centavos por litro. Vamos dar crédito de PIS/Cofins correspondente a esse valor", disse Mantega. Com isso, o governo deixará de arrecadar R$ 970 milhões em 2013.
Será criada também uma linha de crédito de R$ 2 bilhões para estocagem de etanol, com prazo de 12 meses para o produtor e encargos de 7,7% ao ano.
Mantega reafirmou o aumento da mistura de etanol na gasolina dos atuais 20% para 25% a partir de 1º de maio. A medida já tinha sido anunciada, e até mesmo publicada no Diário Oficial. Com isso, o preço da gasolina para o consumidor final também deve cair na bomba.
Incentivos à indústria química
Também foram anunciadas hoje medidas de incentivo ao setor químico. O governo reduziu a alíquota de PIS/Cofins para matérias-primas na indústria química para 1%, ante 5,6% atualmente. O objetivo é reforçar o setor, que vem enfrentando a concorrência dos EUA.
Governo tenta estimular indústria do etanol
A presidente Dilma Rousseff se reúniu no fim da tarde de ontem com representantes do setor de etanol, e apresentou o plano do governo para cortar tributos do setor e estimular o aumento da produção.
A indústria do etanol tem enfrentado dificuldades, segundo reconhecimento da própria presidente Dilma, que prometeu dar "importância estratégica" ao setor.
Na avaliação do governo, é preciso dar condições para que esse segmento amplie os investimentos e aumente a produção para atender ao mercado interno que tem optado pelo produto importado.
Fonte: Uol, São Paulo
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