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terça-feira, 9 de abril de 2013

Pescadores de São Sebastião prevêem prejuízo após vazamento


Foto: Reprodução TV Vanguarda

SÃO SEBASTIÃO: O vazamento de combustível marítimo na tarde da última sexta-feira (5) em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, preocupa os pescadores da região. Eles acreditam que derramamento, que teve origem no do píer do Terminal Almirante Barroso (Tebar), operado pela Transpetro, subsidiária da Petrobras, terá impacto na produção de mexilhões e na comercialização de pescados.


De acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), que multou a estatal em R$ 10 milhões nesta segunda-feira (8), 11 praias de São Sebastião e Caraguatatuba foram atingidas pela mancha de óleo. Oito delas, que são monitoradas pela Cetesb, estão impróprias para banho. O órgão informou ainda que uma falha operacional, durante o abastecimento de um navio no píer, foi a causa do acidente ambiental. A quantidade de combustível que vazou da rede ainda não foi dimensionado.


Segundo a Petrobras, a limpeza das praias foi concluída nesta segunda-feira (8), mas os estragos ainda estão sendo calculados. "Toda vez que ocasiona esse tipo de derramamento, ele prejudica a pescaria e o comércio da pescaria, então a gente sente muito.Um exemplo é a tainha e o parati, que são peixes de superfície, esse peixes, quando tem o vazamento, já entram em contato direto com o óleo", explicou o pescador Joselito Eusébio de Moraes.


Pescadores especializados na pesca do camarão também estão preocupados. Nesta época do ano, conhecida como defeso – ocasião em que os camarões se reproduzem –, não há pescaria. Se algo der errado neste período, eles terão prejuízo. "Uma das áeas atingidas pela mancha de óleo é uma área em que há exclusão de pesca, área protegida. Com certza com isso eles (camarões) vão sofrer muito. Se você na etapa de reprodução você causa problemas, certamente na retirada, na época de engorda você terá problemas tambem", afirmou Eduardo Hipólito do Rêgo, secretário de Meio Ambiente de São Sebastião.

No caso da área onde está uma fazenda de mexilhão, a contaminação é instantânea e irreversível. "O que é complicado ali é que o mexilhão é um filtrador e absorve muito essas impurezas. Então vamos ter que descartar toda a produção e limpar tudo para acabar o perigo", disse o engenheiro agrícola Evandro Figueiredo.

A Petrobras recolheu amostras de mexilhão para exame em laboratório. Conclusão que o pescador tem só de olhar. "A cor do galão (onde o mexilhão é cultivado) é azul e ficou preta por causa do petróleo. Perdemos tudo, mais de uma tonelada. Não tem o que fazer, é daqui para o lixo", assegurou Jaime Moreira da Silva Filho.

Outro lado
A Transpetro, subsidiária da Petrobras, informou no fim da manhã desta segunda-feira (8) que durante a madrugada concluiu a limpeza das três praias de Caraguatatuba que foram atingidas por pelotas de óleo em decorrência do vazamento de combustível marítimo do píer do Terminal Almirante Barroso (Tebar) em São Sebastião
Nesta tarde ficou decidido entre a Transpetro e a Cetesb a desmobilização dos recursos de contingência na região do píer e das praias, após sobrevoos realizados na manhã e na tarde desta segunda-feira, nos quais foi constatado que os trabalhos de limpeza foram bem sucedidos.


Em São Sebastião, a operação foi realizada nas praias Deserta, Pontal da Cruz, Ponta do Lavapés, Portal do Olaria, Praia das Cigarras e Ponta do Arpoador. Em Caraguatatuba, nas praias de Capricórnio, Massaguaçu e Cocanha.

Multas

Apesar da contenção, a Petrobras foi multada pela Cetesb em R$ 10 milhões por conta do vazamento na última sexta-feira (5). Segundo o órgão ambiental, a mancha de óleo atingiu 11 praias, dos municípios de São Sebastião e Caraguatatuba. A Cetesb informou ainda que vai oficializar a denúncia de crime ambiental ao Ministério Público Estadual.

A Prefeitura de São Sebastião também informou que vai multar a Petrobras inicialmente em cerca de R$ 50 mil, o que equivale a dez autuações de R$ 5 mil, por conta do vazamento e do prejuízo ocasionado por danos ao ecossistema costeiro, costão rochoso, vegetação, restinga, jundu, e mangue. De acordo com a administração municipal, o valor da autuação é o máximo que pode ser aplicado.

Fonte: G1 - Vale do Paraíba e região

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