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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Greve em hospital faz Caraguatatuba decretar calamidade na saúde

CARAGUATATUBA: Caraguatatuba decretou calamidade pública na saúde depois que os médicos do único hospital da cidade do litoral paulista entraram em greve por falta de pagamento. Com a paralisação na Casa de Saúde Stella Maris, que já dura uma semana, hospitais de cidades vizinhas enfrentam superlotação.

No Hospital das Clínicas de São Sebastião, a 25 km, 50 cirurgias eletivas foram canceladas para atender pacientes de Caraguatatuba.

A unidade registrou aumento de 25% nos atendimentos do pronto-socorro e o número de partos triplicou -- eram 4 por dia, hoje são 12.
Um dos casos é o da gestante Fabiane Ferreira, 15. Ela tinha agendado seu parto na Casa de Saúde, mas desde sexta precisa viajar até São Sebastião para acompanhar o final da gestação.

Priscila da Veiga, 19, foi atendida na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Caraguatatuba e, sem maternidade na cidade, teve seu bebê em São Sebastião. "Tive que esperar quase três horas até me trazerem para cá."
O impasse em Caraguatatuba teve início em fevereiro. Só a Casa de Saúde tinha pronto-socorro na cidade, mas a prefeitura resolveu construir uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento).

Com isso, cortou repasses para atendimento de urgência e emergência no hospital, que somavam mais de R$ 1 milhão por mês. Foi mantida a transferência mensal de
R$ 700 mil para outros casos.

O diretor clínico da Casa de Saúde, Márcio Rios de Medeiros, diz que o pronto-socorro parou de funcionar, mas que não foi possível reduzir o quadro de funcionários, que precisam estar à disposição para casos mais graves.

Ele afirma que a unidade gasta cerca de R$ 500 mil com a folha de pagamento e que o repasse que o município faz atualmente não é suficiente. O salário de três meses dos 70 médicos está atrasado.

O prefeito Antônio Carlos da Silva (PSDB) declarou calamidade pública na segunda e pediu intervenção administrativa na unidade. Com isso, todos os funcionários poderão ser demitidos. A direção do hospital afirma que não foi notificada.

Fonte: Folha de S. Paulo

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