
"Sempre falamos da 'mamãe da mamãe', e eu me vejo tentando explicar a doença que a levou de nós. Eles perguntaram se o mesmo pode me acontecer", escreveu Jolie. "Eu sempre disse a eles para não se preocuparem, mas a verdade é que carrego um gene 'defeituoso'."
A premiada atriz disse que seus médicos estimaram em 87% o risco de ela desenvolver câncer de mama, e em 50% o risco de câncer de ovário.
"Quando soube que essa era a minha realidade, decidi ser proativa e minimizar o risco o tanto quanto eu pudesse. Tomei a decisão de fazer uma dupla mastectomia preventiva", afirmou.
Seu companheiro, o também ator Brad Pitt, ficou ao lado de Jolie durante os três meses de tratamento, encerrados no final de abril, disse ela. O casal ficou noivo no ano passado.
Jolie disse que, agora que o tratamento terminou, resolveu vir a público para conscientizar outras mulheres que possam "estar vivendo à sombra do câncer".
"É minha esperança de que elas também possam ter seus genes examinados", disse Jolie, conhecida por seu engajamento em causas humanitárias.
O câncer de mama mata cerca de 458 mil pessoas por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Estima-se que 1 em cada 300 a 500 mulheres porte uma mutação genética BRCA 1 ou BRCA 2, como Jolie.
A decisão dela foi elogiada por pacientes de câncer de mama e entidades que lidam com o assunto.
Richard Francis, diretor de pesquisas da ONG britânica Breakthrough Breast Cancer, disse que o fato demonstra a importância de educar mulheres com o gene defeituoso.
"Para mulheres como Angelina, é importante que elas sejam plenamente conscientizadas de todas as opções disponíveis, incluindo a cirurgia para a redução de riscos e exames mamários adicionais", disse Francis.
Fonte: Folha de São Paulo
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