CARAGUATATUBA - UBATUBA - ILHABELA - SÃO SEBASTIÃO - Aqui você fica por dentro do que acontece no mundo, no Brasil e em nossa região!===Rede ManacÁ - Valorizando Nosso Litoral=== (Por: Diego Cardoso)
Mostrando postagens com marcador Vale do Paraiba. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Vale do Paraiba. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 29 de maio de 2012

Com 146 mortes até abril, Vale segue em 1º lugar em violência

Região tem o maior número de assassinatos este ano no interior do Estado; dados foram atualizados ontem pela SSP

VALE DO PARAÍBA: O número de pessoas assassinadas no Vale do Paraíba cresceu 15,3% em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados ontem pela SSP (Secretaria da Segurança Pública).
Foram 30 vítimas de homicídio. Com a estatística, o Vale mantém o posto de região mais violenta do interior do Estado com 146 pessoas assassinadas em 2012. Campinas, segunda região teve 124 homicídios.
Além dos assassinatos, a região bateu recorde de latrocínios -- roubo seguido de morte. Foram seis vítimas em abril; maior índice desde que a SSP passou a divulgar dados mensalmente.
Ontem, a secretaria mudou duas vezes a estatística de contagem de mortes. Na primeira mudança, a SSP retirou os casos de homicídios dolosos causados por acidente de trânsito e depois, voltou atrás.
As polícias Militar e Civil afirmam que o resultado de abril confirma uma tendência de queda iniciada em março.
Mortes. Foram 30 pessoas assassinadas em abril contra 26 nomes no mesmoperíodo de 2011.
Ao longo do ano, a violência matou 15% mais do que no ano passado quando 127 pessoas haviam sido assassinadas no primeiro quadrimestre.
Na contramão dos índices, São José teve queda em abril. Foram quatro homicídios contra cinco em 2011. Neste ano, houve redução: 19 pessoas assassinadas contra 32 em 2011.
Taubaté se manteve estável em abril, mas também está em queda na comparação com o ano passado: 19 pessoas mortas contra 24 em 2011.
Problemas. Jacareí e Guaratinguetá foram as cidades com os índices mais elevados da região em abril.
Em Guará, foram seis pessoas assassinadas em abril. No ano passado, nenhuma morte havia sido registrada no mês. Já Jacareí, que teve um início de ano marcado pela guerra do tráfico e, em março, não teve homicídios, registrou quatro assassinatos em abril.
“Onde está havendo queda, manteremos o trabalho. Nas cidades que houver alta, o policiamento será reestudado”, diz o capitão Antero Baraldo Alves, chefe de comunicação da PM no Vale do Paraíba.
Embora não haja data definida, Jacareí, Pinda e Guará receberão o reforço da Rota para combater o crime.
Latrocínio. No ano, já são 13 vítimas de roubo seguido de morte na região. Um caso a mais que em 2011. “Para evitar latrocínios, atuamos na prevenção de roubos, que vem registrando queda ao longo do ano”, diz Alves.
ENTENDA O CASO
ESTATÍSTICA
Dados divulgados ontem pela Secretaria da Segurança Pública mostram que o Vale continua como região mais violenta do interior do Estado em 2012
NÚMEROS
Foram 30 pessoas vítimas de homicídio em abril contra 26 nomes no mesmo período de 2011. Ao longo do ano, foram 146 pessoas assassinadas contra 127 em 2011. O aumento é de 15% no primeiro quadrimestre
LATROCÍNIOS
Os roubos seguidos de morte bateram recorde em abril. Foram seis casos. O maior índice desde que a SSP passou a divulgar os dados mensalmente. Em 2012, já são 13 vítimas de roubo seguido de morte
CASOS DE HOMICÍDIO
Jacareí: 21/9
São José dos Campos: 19/32
Taubaté: 19/24
Pindamonhangaba:10/1
Guaratinguetá: 16/6
Ubatuba: 14/8
Cruzeiro:8/3
Caraguatatuba: 3/6
CamposdoJordão 5 / 1
*Dados: 2012 / 2011
REGIÕES
São José dos Campos: 146
Campinas: 124
Ribeirão Preto:100
Sorocaba:100
Santos:95
Piracicaba:94
São José do Rio Preto:54
Bauru: 51
Presidente Prudente: 18

*Fonte: SSP - inclui todos tipos de homicídio doloso

Fonte: Jornal O Vale

sábado, 17 de março de 2012

Tropeirismo no Vale do Paraíba e Litoral Norte

CULTURA: Ao final do século XVII sentia-se a necessidade dos animais de tração como suporte aos bandeirantes naquela saga em busca das “minas gerais”. Décadas depois tropas xucras de muares vindas do Sul, dos criatórios dos pampas, guiadas por tropeiros atingiam o centro do estado de São Paulo. Na história aqueles tropeiros sulinos já se encontravam no Vale Paraibano (Taubaté, Jacareí, Guaratinguetá e Silveiras em sua maioria), os quais adquiriam aqueles animais e retornando faziam a doma com isso viabilizaram a economia, revendendo-os e fortalecendo os ciclos do ouro, do gado e do café. Um dos marcos iniciais do tropeirismo foi quando a Coroa Portuguesa instalou em 1695 na Vila de Taubaté, a Casa de Fundição de Taubaté, também chamada de Oficina Real dos Quintos. A partir de então, todo o ouro extraído das Minas Gerais deveria ser levado a esta Vila e de lá seguia para o porto de Parati, de onde era encaminhado para o reino, via cidade do Rio de Janeiro. A palavra "tropeiro" deriva de tropa, numa referência ao conjunto de homens que transportavam gado e mercadoria no Brasil colônia. O termo tem sido usado para designar principalmente o transporte de gado da região do Rio Grande do Sul até os mercados de Minas Gerais, posteriormente São Paulo e Rio de Janeiro, porém há quem use o termo em momentos anteriores da vida colonial, como no "ciclo do açúcar" entre os séculos XVI e XVII, quando várias regiões do interior nordestino se dedicaram a criação de animais para comercialização com os senhores de engenho.Além de seu importante papel na economia, o tropeiro teve importância cultural relevante como veiculador de idéias e notícias entre as aldeias e comunidades distantes entre sí, numa época em que não existiam estradas no Brasil.
Os tropeiros procuravam seguir o curso dos rios ou atravessar as áreas mais abertas, os "campos gerais" e mesmo conhecendo os caminhos mais seguros, o trajeto envolvia várias semanas. Ao final de cada dia era acesso o fogo, para depois construir uma tenda com os couros que serviam para cobrir a carga dos animais, reservando alguns para colocar no chão, onde dormiam envoltos em seu manto. Chamava-se "encosto" o pouso em pasto aberto e "rancho" quando já havia um abrigo construído. Ao longo do tempo os principais pousos se transformaram em povoações e vilas. É interessante notar que dezenas de cidades do interior na região sul do Brasil e mesmo em São Paulo, atribuem sua origem a atividade dos tropeiros.
Nos pousos comia-se feijão quase sem molho com pedaços de carne de sol e toucinho que era servido com farofa e couve picada Só pra lembrarmos de uma das delicias deixadas pelos tropeiros o feijão tropeiro.