Em pequenas cidades do litoral de São Paulo, os resíduos gerados pela população e pelos turistas têm que ser levados para fora e viajam mais de 150 km.
Em Ilhabela, no Litoral Norte, são 340 km² de área preservada. A Mata Atlântica cobre 83% do município e a prioridade é manter a natureza intacta. O destino do lixo é uma preocupação constante na cidade.
“Antigamente, há 10, 15 anos, a gente tinha uma média de 12 toneladas por dia. Hoje, mais do que dobrou. A gente tem 28 toneladas por dia”, conta a chefe de Limpeza Pública de Ilhabela Ana dos Reis Silva.
O lixo coletado é levado para um local chamado de rampa de transbordo. O material é prensado e colocado em um contêiner. Em seguida, é enviado para Tremembé, no interior do estado. O envio de lixo para o outro município começou há sete anos. Até 2005, todo o lixo ficava dentro da ilha, em uma área onde funcionava um aterro, hoje desativado.
O local, de apenas 400 m², ficou pequeno para a quantidade de lixo produzido na ilha. No verão, época de receber os turistas, o volume dobra.
A falta de espaço para colocar o lixo não é um problema só de Ilhabela. Ubatuba, São Sebastião e Caraguatatuba também mandam os resíduos para Tremembé. O aterro particular tem uma área equivalente a 170 campos de futebol. É um dos maiores do estado.
Com essa viagem longa até Tremembé, o gasto com o lixo em Ilhabela triplicou e passou de R$ 600 mil para R$ 1,9 milhão por ano. “O gasto era menor. Porém, a qualidade de vida melhorou muito depois do transbordo”, diz a chefe de limpeza.
Para diminuir o gasto, a alternativa é separar o lixo. Três caminhões da coleta ficam por conta dos materiais recicláveis. Uma solução para a ilha e para os 19 associados da cooperativa responsável pela triagem. O lucro gerado com a reciclagem é dividido entre eles. Boa parte dos moradores colabora, mas ainda é preciso conscientizar muita gente.
Fonte: VNews
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