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domingo, 24 de março de 2013

Obra de contorno rodoviário do litoral vai desapropriar casas de 720 famílias



Foto: Renato Ferezim/G1
LITORAL NORTE: As obras do contorno viário das cidades de Caraguatatuba e São Sebastião devem ser iniciadas em maio, quando o governo do Estado também inicia o cadastramento dos residentes nas áreas onde será construída a rodovia. Segundo um levantamento preliminar, 720 famílias devem ser retiradas. O anúncio foi feito na última quinta-feira (21) pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), em visita ao canteiro de obras da rodovia dos Tamoios.
Ainda de acordo com o governo, cerca de 400 imóveis serão desapropriados. Os bairros mais afetados serão São Francisco e Topolândia, em São Sebastião. "Nós já temos a licença do contorno e a obra, que faz parte da expansão da Tamoios, começa já. Agora, para o final do ano, daremos início à obra no trecho de serra da Tamoios", disse o governador.

O contorno terá 37 quilômetros de extensão e as obras foram divididas em quatro lotes. As desapropriações devem ocorrer conforme o avanço das obras destes lotes. O lote 1 sai da Tamoios e segue em direção a Ubatuba, enquanto os lotes 2, 3 e 5 seguem até o Porto de São Sebastião. "Nós vamos começar a obra pelos túneis e pelo lote 2, que não implicam na retirada de pessoas ainda", diz Laurence Casagrande Lourenço, presidente da Dersa.


O lote 2 implica na desapropriação de parte da fazenda Serramar, em Caraguatatuba. Já o lote 3, atravessa áreas de bairros de São Sebastião e o lote 4 se refere a chegada à cidade, nas proximidades da refinaria da Petrobras.
O Estado garante que mesmo quem está em área de invasão não será prejudicado. "Quem não tem a posse da terra será reassentado. As famílias serão indenizadas pelas melhorias que fizeram no local. Elas poderão escolher entre receber em dinheiro ou uma casa de um programa habitacional", assegura Laurence.
O primeiro trecho do contorno, que interliga a Tamoios com praias de Caraguatatuba, deverá ser entregue em novembro de 2014. Já o trecho de serra, que segue sentido São Sebastião, deverá ficar pronto em março de 2017. A obra deve custar R$ 1,6 bilhão aos cofres públicos.
Com a implantação do contorno, a Dersa espera criar uma alternativa à Rio-Santos nos trechos entre Caraguatatuba e São Sebastião. O tráfego de caminhões que seguem para o Porto de São Sebastião deve ser concentrado no contorno, enquanto o tráfego urbano ficará na antiga rodovia
Trecho de serra
As obras no trecho de serra da rodovia dos Tamoios serão realizadas através de uma parceria público-privada (PPP) e poderão iniciar ainda este ano. O governador disse que nada foi decidido em relação a instalação de praças de pedágio no trecho. "Até maio devemos ter a licença prévia para a área de serra. A previsão é que o processo licitatório seja concluído em outubro. Isso acontecendo, as obras começam em novembro", assegurou o governador.
O trecho da Tamoios construído em área de serra deve ter o maior túnel rodoviário do país. Serão cinco túneis que juntos somam 13 km de extensão, sendo que quatro deles terão entre dois a três quilômetros de extensão. A maior passagem subterrânea de veículos do país ficará bem no meio da Serra do Mar - entre Paraibuna e Caraguatatuba.
Fonte: G1 Vale do Paraíba e região

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Tamoios terá segunda pista com 21,5 km no trecho da serra do Mar

Foto: Divulgação 
LITORAL NORTE: Para atenuar o impacto ambiental, os 21,5 km do trecho de serra da nova pista da rodovia dos Tamoios serão totalmente descolados do trajeto atual.

Nova Tamoios deve ficar em obras até 2017

A duplicação pura e simples da estrada existente causaria um impacto ambiental gigantesco na mata atlântica que está dentro do Parque Estadual da Serra do Mar, segundo o governo, o que tornaria impossível obter as licenças ambientais necessárias.
Nas palavras do presidente da Dersa, Laurence Casagrande Lourenço, seria uma obra "ilicenciável".

Por isso, a alternativa escolhida é fazer uma pista "à parte", que, se tudo der certo, deverá ficar pronta em 2017.
Para conseguir as licenças ambientais -o governo espera obter a primeira delas, a licença prévia, em abril-, a Dersa optou por fazer grandes túneis durante todo o trecho de transposição da serra do Mar.

Dos 21,5 km totais, 12,6 km serão de túneis e 2,5 km de viadutos. Haverá túneis menores, paralelos aos principais, para serem usados como rotas de fuga em eventuais incêndios ou engavetamentos.
"A rodovia está desenhada para ter o mínimo impacto possível dentro do parque e para dar segurança ao motorista", diz Lourenço.

Em acidentes, o trecho de serra da Tamoios é um dos mais perigosos do Estado.
Pelo projeto apresentado no estudo de impacto ambiental, que pode sofrer ajustes, a atual Tamoios será usada para descida. A subida passaria a ser feita pelo novo traçado.

As rampas serão menos inclinadas do que as atuais e o traçado menos sinuoso. Os veículos grandes poderão chegar ao planalto com a velocidade constante de 80 km/h. Hoje, em algumas curvas, ela não passa de 30 km/h, mesmo com trânsito totalmente livre.

Apesar de todo o esforço do governo em fazer um projeto com pouco impacto, a nova Tamoios, no trecho de serra, deverá afetar 188 hectares -como comparação, o parque Ibirapuera, tem 160 hectares.
Desse total, 56 hectares estão em áreas ainda bem preservadas da mata atlântica.
A floresta que recobre a serra do Mar é o ecossistema mais destruído do Estado. Em 2011, segundo a SOS Mata Atlântica, 216 hectares foram ceifados.

VIDA ÚTIL

O investimento de R$ 2,1 bilhões apenas no trecho da serra deverá render uma estrada com 25 anos de vida útil, estima Lourenço.
Se hoje o trânsito é carregado, inclusive fora dos períodos de férias e feriados, ele deverá voltar a ficar livre com a inauguração de todos os três novos trechos (veja texto acima).
Mas o próprio estudo da Dersa mostra que o conforto ao motorista, nas férias, pode durar apenas dez anos, se a ampliação do porto de São Sebastião sair do papel.
Mesmo com a obra, o trânsito não deve acabar durante o Carnaval e o Ano-Novo. "São dois grandes picos. O investimento para resolver essa demanda não se justifica", diz o presidente da Dersa.

PARCERIA INCERTA

De acordo com Laurence Lourenço, presidente da Dersa, o governo de São Paulo ainda estuda se o trecho de serra da Nova Tamoios será feito como uma obra pública ou por meio de uma parceria público-privada. O mais importante, diz o executivo, é o custo em questão.
Como muitas vezes os governos têm obtido linhas de financiamento mais baratas do que o setor privado, nem sempre as parcerias com as empresas têm se mostrado muito vantajosas.

Fonte: Jornal Folha de São Paulo