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terça-feira, 18 de março de 2014

São Sebastião dobra o número de atendimentos no Pronto Socorro por conta de pacientes vindos de Caraguatatuba


Munir El Hage/PMSS
SÃO SEBASTIÃO: Mais uma vez o sistema de saúde em São Sebastião vive um momento de sobrecarga no Pronto Socorro em virtude do aumento no número de pacientes que saem de Caraguatatuba para buscar atendimento médico na cidade.
Para se ter uma ideia, em dias considerados normais, o hospital atende em média 200 pacientes, no entanto, desde a semana passada este número tem chegado à pelo menos 400.
De acordo com o interventor do hospital, Claudio Delgado, este aumento no número de atendimento está impactando drasticamente no tempo de espera dos pacientes, inclusive, nos munícipes de São Sebastião. “Eu preciso pedir desculpas a nossa população e principalmente paciência porque com uma demanda tão grande o nosso tempo de espera também aumenta e nós não podemos deixar de atender nenhum paciente e não vamos fazer isto, podem ter certeza”.
Delgado ressalta que o quadro de médicos está completo, sendo cinco durante o dia e quatro a noite. “É preciso destacar que estamos com o nosso quadro completo, inclusive, com o médico da emergência atendendo clinicamente quando não há emergências para ele atender”, explica.
O interventor lembra também que este problema irá impactar no custo do Pronto Socorro tendo em vista o aumento na utilização de materiais e insumos. “Sabemos que não podemos deixar de atender ninguém, porém, não vamos ser ressarcidos nem cobertos pela cidade vizinha por conta disso e consequentemente em gastos maiores de insumos, materiais e até medicamentos”, frisa.
O prefeito Ernane Primazzi, (PSC), informou que toda esta situação será levada à Secretaria de Estado da Saúde para saber quais medidas poderão ser tomadas pelo Governo do Estado na tentativa de solucionar a situação. “Nós queremos saber da Secretaria de Estado da Saúde qual a responsabilidade deles em relação a esta história toda. Não podemos continuar tapando buracos da cidade vizinha”, disse.
Existe também a preocupação de que haja um impacto não só nos atendimentos de Pronto Socorro, mas, nas internações. “Na segunda-feira, às oito da noite, não tínhamos mais leitos para acomodar os pacientes que estavam na observação.   Acredito que se continuar assim, certamente teremos grandes impactos nas internações ”, calcula Delgado.
A dona de casa Creuza Miguel Eder, 56 anos, mora no Morro do Algodão em Caraguatatuba e decidiu procurar atendimento em São Sebastião por não ter conseguido passar por consulta na Unidade de Pronto Atendimento de Caraguatatuba (UPA). “Estou com infecção no intestino, fui na UPA ontem e fiquei das 16 às 21 horas para ser atendida e mesmo assim não consegui que o médico me examinasse. Perguntei para a recepcionista que me disse ter mais de 60 pessoas na minha frente. Como podemos conviver com uma espera desta com dor e sem previsão de atendimento”, disse.
O estudante Edson Tadeu, 36 anos saiu do Barranco Alto, em Caraguatatuba,  onde mora o avô de 80 anos para buscar uma consulta no Pronto Socorro de São Sebastião.  “Você vai até UPA e está sempre cheio, nunca conseguimos atendimento então é melhor vir até aqui que pelo menos você consegue ser bem atendido”.
 Para o autônomo João Rodrigues, 36 anos, que mora no Perequê Mirim, também na cidade vizinha,  sair de casa todos os dias e vir até o HC em São Sebastião de taxi está compensando muito mais do que tentar um atendimento na cidade onde mora.” Lá, está sempre cheio e você fica ‘mofando’ aqui sempre sou bem atendido, não tenho nada a reclamar” disse.  
A dona de casa Andreia Oliveira Santos, 30 anos, saiu do Rio do Ouro, próximo à rodovia dos Tamoios, para buscar atendimento em São Sebastião. “A UPA de Caraguá está completamente lotada e não tem nenhuma condição de passar por atendimento lá. Você chega médico não te atende direito, não pede exames, não faz nada. Aqui pelo menos somos bem atendidos”, comentou.
Também dona de casa, Lenice de Paula, 52 anos, mora no bairro do Travessão e reclama das mesmas coisas da saúde na cidade vizinha: falta de atendimento, medicamento e condições para que os pacientes possam passar pelo médico. “Está completamente difícil depender da saúde pública de Caraguá, todos os dias quando chego no posto de saúde, não tem médico, não tem remédio, está um absurdo”, disse.
Fonte: Prefeitura de São Sebastião

Mais uma vez nota 0 pra saúde de Caraguatatuba!!
Porque será??????

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