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sexta-feira, 21 de junho de 2013

Protesto pacífico reúne mais de 3 mil pessoas em Caraguá

Foto: Bianca Shumacher
CARAGUATATUBA: Cerca de 3 mil pessoas participaram na noite de ontem, em Caraguatatuba, da manifestação em prol de melhorias em diversas áreas como saúde, educação, segurança, contra a corrupção, mas principalmente cobrando melhorias no sistema de transporte público no município. Vale lembrar que a cidade é a única da região que ainda não reduziu a tarifa da passagem de ônibus.

Acompanhados de perto por policiais militares, os manifestantes percorreram as principais ruas da região central, em um percurso de mais de duas horas, e finalizaram o protesto em frente à Câmara e a Prefeitura onde cobraram a presença do prefeito Antonio Carlos da Silva, que não estava no local.

Jovens, crianças, idosos e até cachorros se misturam pelas avenidas da cidade. O ponto inicial do protesto foi quando a organização pediu aos manifestantes que não praticassem atos de vandalismo. O start para o manifesto foi quando os presentes cantaram o Hino Nacional brasileiro. Ao longo de todo o trajeto ainda entoaram gritos de guerra, fizeram ‘ola’ coreografada e convidaram quem estava de fora para “ir pra rua”.

Motivação
O que se viu pelas ruas de Caraguatatuba foi milhares de pessoas protestando pelos mais variados motivos. Faixas, cartazes, gritos de guerra marcaram a manifestação. Mãe e filha foram às ruas da cidade também para protestar. Maria das Dores dos Santos, 53 anos, e Maryah Cassemiro, 16 anos, vieram do bairro Martin de Sá para deixar o recado. “Estou cansada de tanta corrupção. Tem jogador falando besteira e estão jogando dinheiro ralo abaixo”, desabafou a dona de casa.
“Upa??? Desculpa!!!”. Com este cartaz a estudante Cintia Arantes, 25 anos, do Rio do Ouro, mandou seu recado de que está tudo errado. Já sua amiga Lane Sofia, 24 anos, do Jardim Gaivotas, criticou o valor da tarifa de ônibus que foi o motivo inicial da manifestação.
Devidamente paramentados com lenços da cor da bandeira do Brasil, os labradores Carol e Ginger também foram às ruas para dar o Protesto pacífico reúne mais de 3 mil pessoas em Caraguá Mara Cirino/IL Marcelo Souza/IL recado ao lado da dona Maria Aparecida Logare, 56 anos, que estava com o filho João Dale Logare Neto, 32 anos. “Viemos pelos direitos dos animais, pela castração de graça, por mais saúde”, resumiu a manifestante.
O gigante acordou! Me chama de copa e investe em mim! Saí do mar para protestar! Abaixo a desapropriação!. Estas foram algumas das frases pintadas pelos manifestantes que por mais de duas horas caminharam pelas ruas centrais.

Comércio
Os principais comércios da região central fecharam as portas antes do manifesto, ou seja, por volta das 17h. Porém, o fechamento não era por conta do medo de atos de vandalismo e sim que os comerciantes queriam participar do manifesto.
“Fechei para participar do movimento com os jovens. Acho justa a luta e temos que apoiar”, disse o comerciante Sérgio Luiz dos Santos.
A reportagem encontrou também duas balconistas de uma loja de roupas ainda uniformizadas. “Fechamos a loja e viemos dar uma força. Realmente é muita corrupção e pouca saúde”, disse Cláudia Rodrigues Bittencourt.
Embora tenha sido um dos poucos que estava com a porta do comércio aberta, João Carvalho de Araújo aplaudia os manifestantes. “É muito bom ver essa juventude lutando pelos direitos. Isso é democracia, isso me emociona, pois lembro da minha época da ditadura”.
Um supermercado localizado na região central também fechou as portas, apenas para que os funcionários pudessem acompanhar a passagem dos manifestantes, reabrindo pouco tempo depois.

Monitoramento

Segundo a Secretaria de Trânsito, 18 agentes acompanharam de perto o trajeto dos manifestantes orientando o tráfego de pedestres e veículos. Momento de preocupação apenas quando os o grupo deixou de cumprir o trajeto e seguiu a rua principal central. Foi um corre corre para os marronzinhos fecharem novas vias, mas sem incidentes. A Polícia Militar colocou todo o efetivo nas ruas e ainda várias viaturas de patrulhamento, como a Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam), Tático Móvel e Patrulhamento Comunitário. De acordo com o Capitão Edilson Ramos de Oliveira, o movimento foi extremamente pacífico. “Tudo foi bem organizado, claro que problemas de percurso ocorrem. Mas foi tudo tranquilo, até porque nos reunimos antes com os organizadores do evento, que prometeram uma manifestação pacífica”, comentou.

Fonte: Jornal Imprensa Livre

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