SÃO SEBASTIÃO: Com a iminência da continuação de chuva na região, a Defesa Civil de São Sebastião faz um alerta aos moradores das áreas de risco e de deslizamentos de terra ao longo do município, em especial para os da Costa Sul.
As pessoas que residem ao lado de rios, cachoeiras e de encostas também devem ficar atentas. “A orientação é para que saiam de suas casas”, falou o chefe da Defesa Civil, Carlos Eduardo dos Santos, o Carlão.
Nesta terça-feira (26) uma nova frente fria deve chegar, por volta das 20h, ao território sebastianense.
Conforme informações do Cedec (Coordenadoria Estadual da Defesa Civil) de São Paulo)/Casa Militar, ela virá acompanhada de rajadas de vento, descarga elétrica e previsão de precipitação pluviométrica de 80 milímetros.
No município, segundo Carlão, há 93 áreas de risco cadastradas pelo IG (Instituto Geológico) do Estado de São Paulo. Entretanto, para a Defesa Civil, são 22 locais, sendo o mais crítico em Juquehy, no Morro do Esquimó, onde o solo está encharcado e provoca movimentação. “O IG define os locais de risco por ruas e nós utilizamos parâmetros diferentes”, revelou.
Os locais são visitados periodicamente a cada oito horas pela equipe. “Os mais críticos a cada cinco horas”, afirmou Carlão.
Ele informou que a Defesa Civil possui Plano de Emergência para atuar em casos decalamidade. “Infelizmente muitos não conhecem e criticam nossa atuação. Estamos abertos a qualquer pessoa que queira saber o que fazemos e como agimos”, frisou.
O município também recebe auxílio da Defesa Civil Estadual desde o PPDC, com palestras, cursos e informativos sobre tempestades com duas horas de antecedência.
Tromba d’água
Na noite da última sexta-feira (22) a Costa Sul foi atingida por uma tromba d’água, que se concentrou no bairro de Boiçucanga e ocasionou, inclusive, a morte de uma garota de 11 anos.
A média para o mês de fevereiro é de 130 milímetros de chuva. “Já ultrapassamos o índice, que está em 406 milímetros”, frisou Carlão. Em janeiro, o índice pluviométrico foi de 724 milímetros.
Com relação aos chamados, a Defesa Civil atendeu até o momento 40 ocorrências. No mês passado, a equipe atendeu 53 chamadas somente na Costa Sul. Nas regiões central e norte choveu 40,8 milímetros na última sexta-feira e não houve muitos problemas. Foram apenas três ocorrências. “Lá o que mais ocorreu foi alagamento nas ruas”, declarou.
Pelo menos seis pontes da região estão interditadas ou foram levadas pela correnteza. Elas estão em Boiçucanga, Maresias e Cambury. A existente na Estrada do Cascalho, em Boiçucanga, teve sua estrutura comprometida porque segurou os móveis e os restos dos imóveis atingidos com a cheia, além dos troncos de árvores arrancados com o alto volume da água, que ultrapassou os dois metros. “Ninguém está preparado para suportar e receber de uma só vez a grande quantidade de água que desceu da serra. É um fenômeno da natureza que não há como prever o volume de água”, destacou Carlão.
Em Barra do Una, outro bairro da Costa Sul, duas pedras do tamanho de um automóvel foram arrastadas do meio da cachoeira do Rio Una por cerca de 20 metros. Uma ponte de 15 metros foi levada pela forte correnteza e várias casas de veranistas foram alagadas. “Há carros que ainda não conseguem chegar aos seus imóveis”, comentou.
Risco
Segundo a Defesa Civil, as áreas de risco com deslizamentos de terra estão em Cambury, na Vila Barreira; em Boiçucanga, no Morro do Macaco Molhado e no Morro do 51 e rua da Paz; em Maresias, nas ruas Porto Seguro e Caraguatá, além do Escadão; em Toque-toque Pequeno, na Vila Bananal; em Paúba, no Morro da Vaquinha.
Já na região central e norte, os locais considerados de risco estão em Barequeçaba, próximo ao posto BR e no km 132 da rodovia Rio-Santos; no Mirante do Itatinga e na rua Pernambuco; no Mirante da Olaria e adjacências; no Morro do Abrigo; no Pontal da Cruz e no bairro Jaraguá.
Serviço – O telefone da Defesa Civil em casos de emergência é o 199.
Fonte: Prefeitura de São Sebastião
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