De acordo com o chefe da equipe, Carlos Eduardo dos Santos, o Carlão, o animal surgiu na tarde de ontem (16), a poucos metros da arrebentação. “Alguns banhistas viram e acionaram os salva-vidas, mas o tubarão acabou não sendo mais visto. Hoje ele apareceu encalhado na praia”, conta.
Segundo moradores, havia dois tubarões rodeando a praia. É o que afirma o caseiro Adilson Stall, 35. “Meu filho de 14 anos estava no mar quando viu duas barbatanas”, diz. A espécie encalhada foi retirada do local por seis homens e levada pela Defesa Civil para a Fundamar (Fundação Mar), na área central da cidade. No local, o Instituto Argonauta, de Ubatuba, fará um estudo sobre o encalhe e a causa da morte.
Problema
O pesquisador científico do Instituto de Pesca da cidade de Santos (SP), Carlos Arfelli, diz que é um problema com o tubarão o fato de encalhar na praia. “Não dá para especificar a causa, mas não é o primeiro caso no litoral paulista. Na baixada santista temos o registro de duas situações”, afirma.
Ele, no entanto, declara que tal comportamento não é natural. Com relação ao tubarão ter sido encontrado com as vísceras para fora, Arfelli esclarece que isso não representa que ela tenha dado à luz.
Questionado sobre a possibilidade do animal atacar os banhistas, o pesquisador revela que o anequim não é o que provoca a maioria dos ataques relatados no país, principalmente na região nordeste. “Ele não está envolvido em ataques a seres humanos, mas nada impede que isso possa ocorrer, dependendo da situação”, frisa.
Características
Segundo Arfelli, o tubarão anequim é o mais próximo do tubarão-branco, podendo atingir até 4 metros de comprimento e pesar mais de 500 quilos. Característico do alto-mar e região costeira, o animal vive cerca de 30 anos e pode gerar de 4 a 16 embriões, os quais já nascem bem desenvolvidos e com, aproximadamente, 60 centímetros de comprimento.
A principal alimentação da espécie são peixes e lulas e devido ao seu alto grau de atividade pode comer o correspondente a 3% do seu peso por dia. Possui uma tremenda potência em função de sua nadadeira caudal e pode atingir velocidades próximas a 60 km/h. Com dentes de grande capacidade de apreensão, consegue caçar peixes rápidos na coluna d’água. Um dos problemas enfrentados pelo anequim é o aproveitamento comercial pelo fato de sua carne ser bem apreciada. Isso o torna vítima de uma atividade desregrada.
Fonte: Prefeitura de São Sebastião
Nenhum comentário:
Postar um comentário